Durante o período da adaptação de 2009 entrei em contato com a 1ON/CCB Letícia Silva, devido as suas atuais atribuições (Imediato do N/M “Borodine”) e estudos, uma vez que Letícia procura estar sempre se atualizando, só agora fui capaz de concluir essa entrevista que mostra um pouco da vida dessa Oficial que ainda como 2ON foi agraciada com a Medalha Mérito Tamandaré.
Nesta entrevista a Oficial Letícia Silva deixa claro o seu amor pela EFOMM e pelo Grêmio de Vela onde passou bons momentos enquanto aluna, ao mesmo tempo que deixa recomendações às alunas e mostra seu esforço e dedicação ao manter viva a História da Marinha Mercante através da Revista Alegrete.
Letícia finaliza a entrevista relembrando uma frase celebre para toda a Marinha: “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever” – Almirante Barroso
por Adapt. Al. Guimarães
Como chegou à EFOMM? Incentivo da família?
Desde a tenra idade nutria gosto pela Marinha. Gostava do uniforme. Tendo esse desejo perdurado durante a adolescência e estando próxima da conclusão do Ensino Médio, a partir daí, então, contei com o incentivo do meu tio, o Comandante Sergio de Moura, da turma de 1985.
Como foi a praticagem na sua época?
Minha turma foi a primeira a passar pelo esquema atual de Praticagem de um ano após a formatura, para os Praticantes de Náutica. Antes da minha turma esse embarque era divido. Um semestre embarcado durante o terceiro ano e outro semestre embarcado após a formatura no meio do quarto ano. Foi a partir da minha turma que os Alunos deixaram de cursar o quarto ano na EFOMM. No ano da minha formatura, 2004, formou-se uma turma de 4º ano anterior à minha, em Julho, e a minha, de 3º ano mas com dois semestres, em Dezembro.
O que a Senhora sente mais falta do seu tempo de escola?
Eu fui extremamente feliz durante meu tempo de Escola e é dificil selecionar um único item do qual mais sinto falta. Quase tudo era ótimo, excluído o rancho. As aulas e os professores, o convivio com os colegas e com os oficiais, o comando do 1º pelotão da 1ª companhia no 3º ano, os esportes… Se tiver mesmo que escolher um único item, aponto o Gremio de Vela e as aulas do Mestre Dário Sante Anastásio. Dentre tudo o que sinto falta, o GV me faz mais falta.
Como se sentiu ao ser homenageada com a Medalha Mérito Tamandaré, e ser motivo de orgulho para toda Marinha Mercante?
Como menciono no meu site (www.leticiasilva.com), fazer o que fiz em prol da EFOMM e das tradições da Marinha Mercante já havia sido um prazer por si só, pois apenas retribuia às instituições tudo o que delas recebi. Ter meu trabalho reconhecido a ponto de ter sido indicada ao Mérito Tamandaré foi uma recompensa jamais sonhada. Mas ter sido agraciada com a Medalha foi a glória inesperada, pois competia com outras personalidades com muito mais tempo de Marinha que eu. Entretanto toda glória é efêmera e o prêmio, mais do que glória e orgulho, trouxe-me incentivo para continuar cada vez mais engajada na prestação de serviços relevantes a Marinha do Brasil e na recuperação e manutenção das tradições da Marinha Mercante Brasileira. E assim tenho feito, até hoje, e continuarei fazendo. Suas palavras são gentis quando menciona eu ser motivo de orgulho para toda a Marinha Mercante. Se assim for, espero ter minhas atitudes copiadas e repetidas pelos que me seguirem. Após a formatura e durante o exercício da profissão, voltem ao CIAGA e à EFOMM e vejam de que modo podem contribuir com o Centro e com a Escola. Estaremos engrandecendo cada vez mais as instituições que nos formaram e tornando-as ainda melhores para os que vierem depois de nós.
Em 2008 a Senhora patrocinou uma Sala de Aula no CIAGA. O que motivou a Senhora em patrocinar a Sala?
O meu sentimento mencionado na resposta anterior e o exemplo de casa. Eu penso sempre antes no coletivo do que no individual. Quando vi meu tio, o CLC Sergio Moura, adotar e patrocinar 3 salas de aula no bloco G, uma após a outra, através de sua empresa, a De Moura Shipping Ltda., tive o desejo de fazer o mesmo. Penso que o bom exemplo deve ser imitado e eu procuro seguir a esteira do tio comandante. Tinha minhas economias e investir no Ensino Profissional Marítimo pareceu-me o melhor investimento. Até então somente pessoas jurídicas, empresas, adotavam salas de aula no CIAGA. Tornei-me a primeira pessoa física a fazê-lo. Que imitem-me os que gostaram da idéia. Como mencionado pelo Alte. Mathias, atual Comandante do CIAGA, durante a inauguração da sala ambiente de Arte Naval G-103 há dois meses atrás, Dezembro de 2008, voltar à escola onde estudou para ajudar no que necessário for, é prática comum em outras culturas como a americana e a européia, mas ainda incomum aqui. Houve até quem me questionasse porque fazia aquilo ao invés de gastar comigo mesma. Eu busquei o prazer maior de proporcionar ao CIAGA, à EFOMM e aos meus futuros colegas de profissão algo a mais do que me foi proporcionado. Tendo oportunidade, visitem a sala F-106. Foi feita com muito carinho para o uso prioritário, mas não exclusivo, dos Alunos da EFOMM. Tudo nela foi planejado para lhes proporcionar o que de melhor existe atualmente em termos de sala de aula.
Como se sente em ajudar na formação de futuros oficiais da Marinha Mercante?
Muito bem! Recompensada e feliz. Até hoje tenho ajudado com doações de equipamentos e publicações que consigo das empresas nacionais e estrangeiras com quem tenho contato, divulgando a Marinha Mercante nos meios onde ela ainda é pouco conhecida, adotando a sala de aula mencionada acima, patrocinando as Revistas Alegrete entre outras atividades. E continuarei ajudando ainda mais, sempre que puder, das mais variadas formas, culminando, se assim me for permitido, ao final da minha carreira, com o retorno à EFOMM para lecionar. Essa é a maior ajuda que um Oficial antigo pode dar ao futuro Oficial: a transferência de conhecimento e a formação de novas turmas. O professor é o profissional mais importante de todos pois ele forma todos os outros, incluindo outros professores.
O que a Senhora diria as atuais alunas da EFOMM?
Além do óbvio que diria, tanto às Alunas quanto aos Alunos, sobre a importância do estudo, de não deixar a matéria atrasar, de cumprir os horários etc. especialmente às Alunas eu recomendo extremo zelo com a postura e com a conduta pessoal. Os ensinamentos adquiridos durante o período de adaptação devem ser lembrados e seguidos durante toda a carreira. Leva-se uma vida para construir uma boa reputação e um segundo para destruí-la. Por mais que se propague a igualdade entre homens e mulheres, as mulheres ainda são mais visadas que os homens. A condescendência para um ato masculino não será a mesma se cometido por uma mulher.
Como está o mercado para mulheres? A Senhora acha que ainda existe o preconceito ou já superamos isso?
No âmbito profissional quase não houve preconceito, desde a primeira turma de Oficiais femininas. A maioria das mulheres tem se saído bem nas EFOMMs e melhor ainda exercendo suas funções a bordo. O mercado já percebeu isso há vários anos e tem contratado homens e mulheres independente do sexo, tanto as Oficiais de Náutica quanto as Oficiais de Máquinas. No meio do ano passado tivemos a primeira Oficial atingindo a categoria de Capitão-de-Cabotagem e, muito em breve, teremos a primeira Comandante de navio mercante convencional, excluídos os de offshore ou de navegação interior ou de apoio. O único preconceito que ainda existe é no ambito pessoal. Sugiro às mulheres manterem posturas austeras a bordo, sem descambar para a antipatia.
Como a Senhora se sente mantendo viva a história da EFOMM, Tendo trazido de volta a Alegrete, mantendo um arquivo das Alegretes em seu site e ajudando que continue sendo feita, tendo em vista que a Senhora é uma das patrocinadoras da Alegrete 2009?
Recuperar a tradição da Alegrete foi um dos meus trabalhos mais árduos, pois não era da comissão de formatura nem da SAMM. Às vésperas da minha formatura, percebi que nossa Alegrete não seria editada por uma série de fatores e dificuldades e “peguei o touro à unha”. Pedi ao meu colega de turma diretor da revista o material que existia e, no dia do nosso baile de formatura, recebi dele um CD com 42 páginas sendo 28 com fotografias de Alunos. Minhas férias, entre o baile e a Aspirantex, foram usadas redigindo e editando textos à noite e batendo às portas das empresas durante o horário comercial em busca de patrocínio. Ouvi muitas negativas, mas acabei por conseguir o necessário para a edição de 2 mil exemplares, depois de ter reduzido o custo ao mínimo, tratando diretamente com o diagramador e com a gráfica, eliminando qualquer intermediário. Pedi aos patrocinadores para depositarem diretamente nas contas do diagramador e da gráfica para manter a transparência da operação.
Ao final do Aspirantex eu já havia terminado de editar os artigos e as fotos e entreguei-os ao diagramador antes de partir para a Praticagem. Sempre que aportava em porto próximo ao Rio de Janeiro, ia rapidamente ao diagramador e à gráfica para acompanhar o trabalho. Ao término da primeira metade da praticagem, ao invés do período normal de um mês de repouso, tirei cinco meses para finalizar a produção, receber as Alegretes – 1,3 tonelada de Alegrete – e distribuí-las. Fiz a distribuição eu mesma contando com patrocínio de uma empresa – a do meu tio (De Moura Shipping Ltda.) – para tal. Foram dedicados 9 exemplares para cada Praticante da minha turma, uma cópia para cada embarcação de bandeira brasileira, incluindo as de empresas que não patrocinaram, todos os setores do CIAGA além de varias OMs. Num determinado dia viajei 1200 Km de carro para entregar pessoalmente as Alegretes para a Escola Naval, CAAMaLeao, Academia da Policia Militar, Academia dos Bombeiros, AMAN, AFA e ITA. Entregar pessoalmente, fardada, ajudava na divulgação, sendo melhor que enviar pelo correio que custaria muito devido ao peso. Entreguei também cerca de 42 Alegretes no Sindmar para serem entregues a então esposa do Presidente Severino, a então deputada federal Jandira Feghali, para distribuição entre toda a bancada feminina da Câmara e do Congresso em Brasília, visando divulgar a Marinha Mercante, a EFOMM e a presença de oficiais mulheres a bordo. Ao final, o sucesso de todo o processo me fez sentir útil e recompensada.
Escanear as Alegretes que consegui e disponibilizar no meu site foi outro trabalho engrandecedor, principalmente por permitir a qualquer interessado baixar os arquivos para seus computadores e, se quiserem, imprimí-los. E patrocinar as Alegretes posteriores a da minha turma foi uma maneira que encontrei de ajudar a manutenção da tradição. Enquanto continuar tendo condição financeira para tal, pretendo continuar patrocinando as Alegretes. Assim foi com a de 2006, com a de 2007 que até hoje não ficou pronta apesar dos patrocínios recebidos e com a do ano passado, 2008, em fase de diagramação. A Alegrete de 2009 já tem meu patrocínio garantido desde o pedido de uma colega sua, meses atrás.
Como a senhora vê o presente e o futuro da Marinha Mercante brasileira?
O fato de não termos mais navios de bandeira brasileira no longo curso incomoda-me e espero ver essa situação revertida a médio prazo já que a curto prazo parece ser utopia. Se temos um volume grande de exportação e não temos navios com nossa bandeira fazendo esse transporte suponho que outras bandeiras estejam recebendo frete por isso. Sem contar nas vagas de trabalho que estão sendo ocupadas por profissionais de outras nações fazendo o transporte de nossas mercadorias. Por outro lado a navegação de cabotagem está consolidada e o “offshore” continua crescendo com a expansão da exploração e produção de petróleo em águas cada vez mais profundas e mais distantes de terra. Mesmo com a crise econômica mundial iniciada em Agosto do ano passado e com o preço do barril do petróleo despencando de USD 145 àquela época para os atuais USD 40, ainda assim temos nossa Marinha Mercante absorvendo toda a mão-de-obra existente e com tendências a crescer.
A Senhora gostaria de deixar algumas palavras p/ os atuais alunos da EFOMM?
Alguns de vocês, assim como eu, ingressaram nessa Escola por vocação ou desejo de seguir os passos de alguém da família. Outros o fizeram pelo desejo de conhecer o mundo ou de ter uma profissão que remunere acima da média. Independente do motivo que os fizeram ingressar na Escola de Marinha Mercante vocês serão forjados homens e mulheres do mar e viverão uma vida marinheira onde, espero, encontrarão respostas às suas necessidades espirituais e materiais. Com tudo o que lhes é oferecido vem junto a responsabilidade de representarem com honra uma categoria profissional fundamental para a segurança nacional e para o desenvolvimento econômico do país. Sua honradez deve ser exercida em todos os lugares e a todo tempo, estejam fardados ou a paisana. Sigam os bons exemplos – existem vários dignos de nota e eu procuro ser um deles – e façam o contrário dos maus exemplos, que, infelizmente, também existem vários.
Dediquem-se, então, com afinco, aos estudos – para aprender e não somente para alcançar boas notas nas provas – aos esportes e às atividades militares. Norteiem suas atitudes pelos itens que compõe o conceito de oficialato, exerçam a discrição e cultivem o espírito de equipe. Orgulhem-se de estarem estudando numa das melhores academias marítimas do mundo e vivam intensamente sua passagem pela EFOMM que é curta, passa rápido e deixa muitas saudades.
4 de março de 2009 às 14:05
Li a matéria da Letícia Silva e concordo plenamente com ela. Tem que ter amor a escola, boa conduta e principalmente trabalhar em equipe. Isso leva o profissional ao sucesso. Nunca será esquecido, como ela não foi. Parabéns!
6 de março de 2009 às 3:39
Excelente a reportagem com a Imediato Leticia Silva por abranger pontos importantes aos Alunos. Fiquei feliz em ter sido mencionado e recompensado por tê-la auxiliado na sua empreitada em prol das Marinhas Mercante e de Guerra e de suas tradições. Um exemplo à classe. Bravo Zulu, Leticia Silva!
8 de março de 2009 às 9:32
Ótima reportagem, Letícia deixou bem nítida a importância dos estudos e a conduta moral na formação dos Oficiais da Marinha Mercante. Sou aluno do 2º de náutica do CIABA e lendo essa reportagem irei tirar bons proveitos para um ótimo sucesso profissional.
8 de março de 2009 às 15:43
Adorei a entrevista! Estou estudando para fazer a prova da EFOMM e adorei saber que os alunos a adoram tanto a ponto de doar si mesmo em prol dos outros alunos e para que a Marinha Mercante continue desenvolvendo esses lindos trabalhos. Parabéns Letícia você merece! E eu almejo um dia poder chegar onde você chegou.
8 de março de 2009 às 20:09
Sou muito grata a Deus pela oportunidade que tive em conhecer a Letícia. Foi um momento muito especial, providenciado por Deus, que muito me emocionou. Ela além de ser um grande exemplo é um “doce” de pessoa. Ao conhecê-la passei a encarar com mais tranquilidade a escolha de minha filha, que esse ano entrou para a EFOMM.
Parabéns ao PELICANO pela matéria e à Letícia pela belíssima trajetória profissional!
9 de março de 2009 às 3:59
Emoção e honra, é o que todos oficiais mercantes devem sentir ao lerem esta matéria. Parabéns, jovem oficial mercante Letícia!!! Que este espírito marinheiro e espírito de corpo, encontre ressonância no imenso mar existente dentro dos corações de cada Mercante!
Fiquei muito mais feliz ao saber que você, que como eu, somos filhos de Resende e estudamos no mesmo colégio (Olavo Bilac), só que no meu tempo, e põe tempo nisso, era grupo escolar. Mas era alí mesmo, pertinho da linha do trem e do outro lado o posto de gasolina.
Pelo ano da minha graduação, dá para perceber, que fui um dos precorsores de Resende na Efomm e que você, com o passar do tempo, desejo de coração, seja retribuída com o mesmo sentimento que me proporcionou ao ler esta matéria. Apesar de 31 anos de formado e de mar, mais que sua idade, mas como você, ainda sou parte ativa de uma mesma bandeira que um dia, em épocas diferentes, juramos por ela na EFOMM! O telégrafo continuará toda força adiante, tenho certeza, com sua geração no comando!!!
Bravo Zulu, Letícia, EFOMM e Pelicano!
9 de março de 2009 às 18:06
Fico muito feliz em saber que mesmo com as dificuldades reinantes ainda temos pessoas como a CCB Letícia, pena que são poucas as pessoas da Marinha Marcante que assim pensam.
Espero sinceramente ainda poder ver navios mercantes nacionais serem os transportadores de pelo menos 50% das exportações / importações brasileiras.
Mcb-Arnoud, Santos-SP.
16 de março de 2009 às 9:38
Excelente a entrevista com a Imediato Letícia Silva. Professores são realmente os profissionais mais importantes por formarem todos os outros profissionais como ela disse. E, na maioria das vezes, exercem sacerdócio pois percebem salários aviltantes.
Exercitemos o “Levantai-vos!” a toda entrada e saída dos professores das salas de aula como forma de respeito e reconhecimento àqueles que poderiam estar trabalhando no mar ou em empresas ganhando salários muitas vezes superiores aos que recebem nas Escolas mas que preferiram sacrificar seus rendimentos em prol da formação e educação das futuras gerações.
17 de março de 2009 às 10:32
Primeiramente, bom dia a todos!
Bem, não faço parte da Marinha Mercante, nem estudo para tal… Minha paixão está na Educação! E fiquei muito feliz com a frase citada pela Letícia, relacionada à profissão do professor!
Apesar de pertencer à outra área, estou indiretamente muito ligada à EFOMM, pois meu namorado é um dos primeiro-anistas e, com isso, tenho acompanhado, desde o início da adaptação, esta realidade através do Pelicano, ao qual sou muito grata!
E confesso que não havia percebido que já estava tão ligada assim à esta realidade da Marinha Mercante… Fui perceber isso ao ler esta entrevista com a Letícia, que me emocionou muito!
Quero agradecer e parabenizar mais uma vez ao Pelicano por todas as matérias publicadas, em especial por esta, e mais ainda, parabenizar à Letícia, pela belíssima entrevista, pela Medalha, por todas as suas atitudes tomadas com a finalidade de ajudar a EFOMM, e ainda, por dirigir tão bons conselhos aos atuais alunos!
Letícia, que Deus te abençoe e te conceda a felicidade de realizar todos os seus sonhos! Muito sucesso a você, pois você merece!
Grande abraço a todos!
Deus os abençoe!
20 de março de 2009 às 9:47
Pesquisava na internet sobre as condecorações da Marinha e acabei direcionado a esse site com a palavra-chave Mérito Tamandaré. Impressionante essa reportagem principalmente por um detalhe que quase passa despercebido: a primeira foto, da condecoração, data de 2006 e a segunda foto, da inauguração da sala que ela patrocinou, onde ela aparace com o barrete da medalha no uniforme, data de 2008. Ou seja, mesmo depois de condecorada com o Mérito Tamandaré, ela não deitou sobre os louros conquistados e continuou seu trabalho extra-curricular em benefício da Marinha. Pelo que li aqui, não me parece ser o objetivo principal dela, mas conseqüência natural do seu trabalho, ela está a caminho do Mérito Naval. Tudo pela Pátria!
21 de março de 2009 às 23:27
Letícia,
Estamos lendo sua entrevista aqui do Acergy Discovery, que voltou para o Brasil para mais 6 meses de trabalho em PRA-1, para a Petrobras, e Mexilhao, para a Chevron. Muito boa!!!
Para nos foi um orgulho termos você trabalhando conosco em 2007. Venha nos visitar quando puder, quando estivermos atracados no Rio ou em Arraial do Cabo, pois toda a equipe de mergulho saturado está com saudades.
Mais uma vez parabéns pelo exemplo que você passa para todos que te cercam, que te conhecem e que trabalham contigo e pela sua amizade, companheirismo e indistinção de tratamento com quem quer que seja. Você é uma inspiração.
Seus amigos do Acergy Discovery.
1 de abril de 2009 às 19:33
Excelente entrevista. Um exemplo a seguir.
4 de abril de 2009 às 0:56
A força da mulher aparece mais quando confrontada num meio masculino. Parabéns pelo seu trabalho e pelos resultados atingidos, Letícia Silva. Vou divulgar essa sua entrevista entre as meninas que conheço com idade para fazer a prova da EFOMM, como um incentivo.
13 de abril de 2009 às 11:32
A 1ON/CCB Leticia Silva da exemplo as jovens civis e, principalmente, as jovens oficiais, tanto da Marinha Mercante como das Forças Armadas. Façamos todos pensar antes no coletivo do que no pessoal como ele diz e teremos um mundo melhor.
22 de maio de 2009 às 21:28
Adorei. Me incentivou a seguir o mesmo caminho.
28 de julho de 2009 às 15:15
Fiquei muito orgulhoso em poder ver você fazendo tudo que gosta com amor e acima de tudo, mais orgulhoso de ver uma jovem tão talentosa quanto você. O Mundo precisa de pessoas como você. Fique com Deus e muito boa sorte neste novo empreendimento. Fique com Deus!
11 de agosto de 2009 às 18:00
Um grande incentivo e orgulho para o país, é essa representatividade feminina atuante nos diversos ramos profissionais de nossa sociedade. Parabéns não é o melhor termo hoje, talvez um “Já Estava na Hora” caia melhor. Afinal quanto tempo passamos à sobra dos homens, grandes em seus feitos mas não únicos.
FELICIDADES!
11 de setembro de 2009 às 13:07
Um belo exemplo que me incentivou a seguir a carreira do mar. Parabéns Leticia!
3 de outubro de 2009 às 12:04
A 1ON/CCB Letícia Silva resume na entrevista como os bons valores trazidos de casa e aplicados na vida pessoal e profissional podem transformar rapidamente uma pessoa num ícone além de ajudar o próximo pensando no coletivo antes do individual. Ter reconhecido o que recebeu da Marinha e ter retribuido do jeito que fez mostra um despreendimento com as coisas materiais digno de nota. Realmente um exemplo a ser seguido, não só pelo lado profissional mas também pelo lado pessoal. Um exemplo para todas as mulheres e para os homens também. Ótima a reportagem.
11 de outubro de 2009 às 1:45
Excelente a entrevista com a 1ON/CCB Leticia Silva. Recentemente vi uma reportagem com ela na Rede Record, falando sobre profissões, mostrando-a manobrando navios no porto de Santos. Sugiro uma nova entrevista com ela para atualizar os leitores d’O Pelicano sobre o que ela tem feito profissionalmente, visto que ela é uma inspiração tanto para os que trabalham no mar quanto para os de terra.
14 de novembro de 2009 às 19:42
É maravilhoso saber que a primeira mulher da praticagem de Santos está cada vez mais presente no auxílio à Marinha Mercante, sob todas as formas possíveis, incentivando cada um de nós que tivemos o privilégio de conhecê-la, seja pessoalmente, através de suas inúmeras entrevistas ou pelo site (www.leticiasilva.com).
Que seus atos sirvam inspiração para que todos possam fazer nosso Brasil crescer cada vez mais.
Parabéns!!!
29 de novembro de 2009 às 20:18
Incrivel trajetoria e o exemplo dado pela Imediata Leticia Silva. Apos ler a entrevista visitei o seu site e vi, entre outros, a cerimonia na Camara de Vereadores de Resende onde ela, no seu discurso, menciona John Kennedy “Nao pergunte o que seu país pode fazer por voce, mas sim o que voce pode fazer por seu país.” Nessa entrevista ele menciona o Almirante Barroso “O país espera que cada um cumpra seu dever.” Se todos pensassem assim teriamos um Brasil muito melhor. Parabens a Oficial e a EFOMM por forjar brasileiros desse quilate.
22 de dezembro de 2009 às 20:58
Excelente esse artigo ou entrevista do Adapt. Al. Guimarães com a 1ON/CCB Letícia Silva. Todos os tópicos foram bem abordados e a entrevistada e sua carreira foram um assunto fascinante. Ela não só representa muito bem as mulheres como toda a classe dos aquaviários. Acho que poucos oficiais homens com décadas de formados fizeram e alcançaram o que essa jovem oficial fez e alcançou. Parabéns!
31 de março de 2010 às 1:24
Que exemplo maravilhoso o da Leticia. Alem do destaque escolar, foi condecorada muito jovem com a medalha Tamandare, doou sala a escola onde estudou e patrocina atividades como pessoa fisica. Parabens!
7 de abril de 2010 às 22:22
Apos ler o artigo sobre a Leticia Silva como prática gostei de ler essa entrevista quando ela era imediato de navio. Nao sabia sobre a adoção da sala de aula e o patrocinio da modernização como pessoa física. Ainda mais relevante. És um enorme exemplo, Leticia. Parabéns novamente.
8 de abril de 2010 às 17:24
A Leticia Silva é realmente um exemplo a ser seguido pelas mulheres e pelos seus pares da marinha mercante. Além da trajetória brilhante em tão curto espaço de tempo ainda mantém um despreendimento elogiável como a adoção da saçla de aula onde estudou. Magnífico.
8 de abril de 2010 às 17:50
Valeu Leticia! Falou e disse! Não sobrou nada a acrescentar. Principalmente em relação ao estudo e aos professores. Nota 10.
9 de abril de 2010 às 21:13
Interessante observar como a previsão da Leticia Silva um ano atras em relação ao mercado de trabalho na marinha mercante e offshore, com tendências a crescer. Cresceu mesmo e continua absorvendo todos os formandos de turmas cada vez maiores. Leticia é boa no mar e na analise de mercado.
25 de abril de 2010 às 11:52
Extraordinária a Leticia Silva. Antes de se tornar a primeira mulher prática de porto do Brasil já demonstrava engajamento com as causas profissionais e despreendimento doando uma sala de aula para a escola onde estudou. Perfeito a Marinha ter reconhecido seu mérito.
28 de maio de 2010 às 11:34
A Leticia Silva representa muito bem nossa Marinha Mercante, com atitudes e postura dignas do Oficial Mercante. Os Alunos e principalmente as Alunas podem e devem mirar-se no seu exemplo. Bravo Zulu, Leticia.
3 de novembro de 2010 às 22:44
Lendo sobre o Concurso Literario acabei chegando a entrevista com a Imediata Leticia Silva. Trajetória impressionante, tanto profissional quanto pessoal. Digno de se bater palmas de pé.
6 de novembro de 2010 às 4:24
Ótima a entrevista com a Imediata Leticia Silva. Após ler sobre o Concurso Literário por ela idealizado busquei outros artigos sobre ela a achei esta entrevista onde precebi que antes do concurso ela já havia adotado e patrocinado uma sala de aula. É esse o caminho para um país melhor: investimento em tudo relacionado à educação.
8 de novembro de 2010 às 15:23
Nobilíssima a adoção da Sala Leticia Silva. Se uma Oficial tão jovem o fez por que não outros de nós seguirmos seu exemplo? A gente acaba gastando com tanta besteira durante a vida e nos esquecemos da retribuição.
10 de novembro de 2010 às 10:15
Fantástica a trajetória da 1ON/CCB Leticia Silva. Já havia adotado uma sala de aula e agora promove seu próprio concurso literário. Um exemplo de dedicação ao próximo, os alunos.
11 de novembro de 2010 às 23:25
A trajtória da 1ON/CCB Leticia Silva é realmente impressionante, principalmente por ser tão jovem. Lendo as reportagens com ela aqui no Pelicano vi que ela adotou uma sala de aula, elaborou um concurso literario com um troféu originalíssimo, tornou-se a primeira mulher prática de porto do Brasil além de outras atividades extras ao exercício da função e isso tudo antes dos 30 anos de idade. Merecido o reconhecimento do seu mérito pela marinha. As forcas armadas que forjavam homens no sentido mais amplo da palavra forjam também mulheres de fibra e garra identicas.
6 de fevereiro de 2011 às 13:50
Lendo sobre o Concurso Literário 2ON Leticia Silva achei a entrevista com a 1ON/CCB Fernanda Leticia da Silva. Creio se tratar da mesma pessoa, mas por que a diferença de patentes? De qualquer modo parabens a Oficial que se destacou e continua promovendo atividades em prol da nossa Marinha Mercante.
23 de fevereiro de 2011 às 4:53
Bravo Zulu, Leticia Silva. Sua entrevista quando era 1ON/CCB resume nossos anseios a bordo pelos novos oficiais. Sua atitude exemplar no decorrer da sua carreira é um exemplo a ser seguido.
27 de fevereiro de 2011 às 15:45
Parabens a 1ON-CCB Leticia Silva pela carreira brilhante, merecidamente reconhecida pela Marinha com a condecoração com o Merito Tamandaré. Ler esta entrevista com ela e depois ler sobre o Concurso Literário que ela idealizou quando ainda era 2ON é entusiasmante. Reaviva nosso impeto marinheiro.
13 de março de 2011 às 9:09
Parabens Pelicano pela entrevista com a Prático Leticia Silva. Complementa bem o artigo sobre ela como a primeira mulher brasileira pratica de porto. Gostei.
13 de março de 2011 às 11:29
Excelente a entrevista com a Imediata Leticia Silva. Comprometida com o trabalho a bordo, em tripular navio, da exemplo aos jovens oficiais que se evadem da Marinha Mercante apos todo o investimento que o CIAGA e O CIABA fazem neles.
3 de abril de 2011 às 9:29
Esta entrevista é um manual de conduta moral e postura pessoal além de um exemplo a ser seguido pelas jovens.
6 de abril de 2011 às 8:29
Brilhante a entrevista com a 1ON-CCb Leticia Silva. Um exemplo a ser seguido.
19 de abril de 2011 às 9:43
O concurso tem o nome de 2ON relativa à patente da idealizadore na época.
20 de abril de 2011 às 3:55
Agradeço o elogio. Segui o exemplo do tio Comandante Sergio Moura que me orientou sobre todos os aspectos da vida academica-militar e da vida profissional posterior, em relação ao aspecto técnico e a postura a ser adotada. (Em resposta ao comentário de Julio Bezerra de 23 de fevereiro.)
22 de abril de 2011 às 10:55
Boa tarde a todos,Formei-me na EFOMM em 1984 no CIABA, fico feliz em saber que hoje em dia há mais união e esclarecimento na classe, confirmando-se a mudança de mentalidade que julgo num futuro próximo trará grandes benefícios para a Marinha Mercante Brasileira.
Boa sorte a todos!
LEOMAR GOMES DE LIMA
Capitão-de-Longo-Curso
Email: captain-lglima@captain-lglima.net
Website: http://www.captain-lglima.net
Enterprise Shipping Corporation
Country Manager – Nigeria
22 de dezembro de 2011 às 13:20
Maravilhosa entrevista com a 1ON-CCB Leticia Silva. Verdadeira inspiração.