Foi batizado e lançado ao mar na última sexta (7/mai) o primeiro petroleiro SUEZMAX construído no Brasil e entregue ao Sistema Petrobrás em 13 anos.
A solenidade ocorreu no Porto de Suape, Pernambuco, com a presença de cerca de sete mil pessoas, a maioria operários. Estiveram presentes, os principais executivos do grupo Petrobrás, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, o Ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, além do filho de João Cândido.
O ‘João Cândido’, como foi batizado, saiu do dique seco do estaleiro Atlântico Sul rumo ao cais de acabamento para serem realizados os testes antes de ser entregue à Transpetro, em agosto de 2010.
O lançamento ao mar é uma espécie de batismo, o ponto mais marcante no processo de construção de um navio. Durante a cerimônia, a madrinha quebrou uma garrafa de champanhe no costado e desejou sorte à embarcação.
A madrinha escolhida foi Mônica Roberta de França, uma soldadora do Estaleiro Atlântico Sul. A escolha é uma homenagem aos que trabalharam na construção do navio.
O petroleiro, que vem sendo considerado um marco na retomada da indústria naval brasileira, tem 274 metros de comprimento e capacidade de transportar 1 milhão de barris de petróleo, custou R$300 milhões. É o primeiro navio do Promef, projeto que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Promef prevê a compra de 49 navios, na intenção de reestruturar a indústria naval brasileira e torná-la competitiva internacionalmente. As licitações para a construção de navios por meio do Promef precisam atender a três requisitos: que os navios sejam fabricados no Brasil, tenham preço e qualidade internacionalmente competitivos e 65% de conteúdo nacional mínimo. No caso do navio João Cândido, esse percentual foi de 72,6%.
A Transpetro já comemora essa retomada, estimulada pela encomenda de 49 navios, e pensa em novas contratações. A empresa, que só comprava da Ásia, gastava US$ 1,2 bilhão no afretamento de navios e armadores estrangeiros. “Estamos retomando a indústria naval em escala global e competitiva. O impossível só existe hoje, amanhã se torna real”, declarou o Presidente da TRANSPETRO, Sérgio Machado.
Por Al. Aline Detoni
8 de março de 2011 às 1:14
Parabéns pelos artigos e mais ainda pela distribuição dos assuntos no site.
8 de março de 2011 às 1:17
Também costumo ler assuntos de portos, navios, estaleiros, offshore no site Navalbrasil.com – é bem completo e sempre atualizado.