O navio cargueiro Angra Star, transportador de contêineres e cargas secas, está há uma semana encalhado na Baía de Guanabara na altura do Armazém 33, do Cais do Porto do Rio. Na noite dessa terça-feira, dia 17, a embarcação foi cercada com boias de contenção, operação realizada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que contou com o apoio da Transpetro.
O navio pertencente à empresa Frota Oceânica e Amazônica não tem possibilidade de afundar mais por já estar situado em uma região de baixa profundidade.
A causa do afundamento parcial foi devido ao furto de peças por piratas, as quais, em sua maioria, eram responsáveis pela estabilidade da embarcação. Uma delas é a caixa de mar, peça de bronze com alto valor no mercado que impede a entrada de água no navio. O problema possivelmente foi ocasionado pela falta de iluminação básica, tripulação ou segurança para prevenir ataques ao cargueiro.
O local está sob a vigilância da Capitania dos Portos e da Polícia Militar, por ocasião da retirada de todo o óleo combustível, lubrificantes e resíduos oleosos provenientes do Angra Star, marcada para esta quarta-feira (18) – os produtos somam cerca de 400 toneladas de óleo contaminado.
“Nunca há risco zero de vazamento de óleo, depende das condições climáticas e marítimas. Um terço do navio está alagado. Há 150 mil litros de óleo misturado com água em proporção que não sabemos. Há um tanque lacrado com capacidade para 90 mil litros de óleo, mas não sabemos se há óleo dentro”, disse Carlos Minc, da Secretaria do Meio Ambiente do Rio de Janeiro.
Ainda segundo o secretário, na região do encalhe do Angra Star “há registro de 52 naufrágios, sendo que 21 já foram retirados da água desde o final de 2012“. No dia 18, iniciariam-se também os procedimentos para flutuação, seguida do desencalhe e retirada do navio do local.
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