A ilha de Lampedusa, no sul da Itália, teve nesta quinta-feira, dia 03 de outubro, a pior tragédia relacionada à imigração nos últimos anos. Segundo as autoridades, pelo menos 130 imigrantes africanos ilegais morreram no naufrágio de uma embarcação que partiu da Líbia em direção à Europa, transportando aproximadamente 500 pessoas, o que configurava superlotação. Ainda há em torno de 250 vítimas desaparecidas no Mediterrâneo, logo, o número de óbitos pode passar de 300.
A maioria dos passageiros vinha da Somália e Eritréia e depois de passar dois dias navegando sobre as águas agitadas do Mediterrâneo, a embarcação parou a menos de 1km da ilha de Lampedusa, pois o motor não funcionava. Então, um dos passageiros, a fim de mostrar a posição da embarcação no mar, decidiu atear fogo a um cobertor com gasolina e as chamas rapidamente se espalharam. Para fugir do fogo e temendo que a embarcação afundasse, todos se dirigiram para um dos bordos, o que fez com que o navio tombasse. “Não temos mais lugar, nem para os vivos, nem para os mortos. É um horror, lastimável! Eles não param de deixar corpos e o mar parece um cemitério“, declarou, abatida, a prefeita de Lampedusa, Giusi Licolini.
. …O ministro do Interior Italiano disse que, entre os desaparecidos, estão crianças e mulheres grávidas. A desesperança tem tomado conta dos que ajudam no resgate aos sobreviventes. Domenico Colaptinto, um dos pescadores engajados nas buscas, declarou que é praticamente impossível encontrar mais sobreviventes. ” Quando tiramos as pessoas da água, elas já estavam exaustam e com sinais evidentes de hipotermia e desidratação“, disse ele.
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O papa Francisco lamentou a tragédia. ” Isso é uma vergonha! Só nos resta agora orar a Deus pelo consolo das famílias dos mortos e por todos os imigrantes“, disse o pontífice.
12 de outubro de 2013 às 2:10
[…] Um novo acidente ocorreu nas águas próximas à ilha italiana de Lampedusa, onde pelo menos 50 pessoas, dez delas menores de idade, foram vítimas fatais do naufrágio de uma embarcação na qual mais de 200 imigrantes clandestinos viajavam ilegalmente. A tragédia aconteceu oito dias depois que, no último dia 3, em torno de 339 pessoas morreram vítimas de um naufrágio próximo à mesma ilha. […]