O setor marítimo é extremamente beneficiado pela globalização e por isso é também vulnerável a crises mundiais, como podemos observar com a atual crise econômica: o número de afretamentos tem reduzido e com isso as empresas estão remanejando pessoal e sendo forçadas a utilizar seus navios sem estarem totalmente carregados ou retirá-los de circulação por tempo indefinido. Especialistas calculam que um quarto de todos os navios usados para transportar matérias-primas pelo Oceano Pacífico encontra-se parado neste instante.
O panorama é preocupante, mas não crítico. O setor marítimo ainda é um dos que mais cresce e a atual crise financeira representa apenas uma pequena desaceleração em seu crescimento. A pulsação do setor ainda é forte, mas não tão forte como era há poucos meses atrás. Grandes empresas do setor começaram a baixar o valor de seus fretes, como é o caso da Maersk e da Evergreen.
Cargas a granel tiveram seus fretes reduzidos de forma significativa: o valor médio de um navio, o que inclui preço do petróleo e paridade entre moedas, com capacidade para 150 mil toneladas caiu de 200 mil para 4 mil dólares segundo o Diário Econômico, enquanto na área de contentores a queda foi cerca de 30%. Em contraponto, fatores positivos também podem ser observados: mercados importantes, como o de Angola, se mantiveram firmes e a valorização do dólar contribuiu para sustentar as exportações para os mercados europeu e americano.
Todos esses problemas foram causados por um único fator: a redução do consumo mundial, principalmente de bens duráveis como carros. Executivos de companhias de navegação e proprietários de navios, procurando reduzir os temores, argumentaram que nessa indústria são comuns as fases de booms substanciais seguidas de quedas acentuadas.
Fontes: Noticiário Naval e Diário Econômico.
por Of. Al. Jordson
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