O interesse pelo mar começou há milhares de anos, com o homem em busca de alimento. Desde então vem ampliando a exploração daquele meio visando incrementar a atividade econômica e a qualidade de vida das populações.
Há algum tempo, a expansão das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), ou seja, nossa Amazônia Azul, tem sido tema de vários estudos e reportagens. Meu propósito neste artigo é estabelecer a relação entre este Objetivo Nacional e a Marinha Mercante Brasileira, influenciando no seu desenvolvimento de forma direta e indireta.
Atualmente estão sob a jurisdição brasileira o mar territorial de 12 milhas marítimas, contados a partir da linha da costa; a zona contígua, de igual dimensão; e a zona econômica exclusiva, de 200 milhas marítimas, já incluídos o mar territorial e a zona contígua. Nessa área, que perfaz um total de 3.539.919 km², o Brasil possui direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar e seu subsolo.
Esses direitos são garantidos pela Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos do Mar (CNUDM), vigente desde 1994. Contudo, a CNUDM prevê um aumento considerável dessa área, até o limite de 350 milhas. Nessas 150 milhas adicionais, o país exercerá direitos de soberania para a exploração e o aproveitamento dos recursos naturais do leito e subsolo marinho.
As imensuráveis riquezas encontradas na Amazônia Azul irão gerar empregos tanto direta como indiretamente, uma vez que a exploração dessa área irá necessitar de um avanço exponencial na área tecnológica, principalmente no tocante à extração de hidrocarbonetos submarinos.
Os recursos advindos do oceano são muito vastos, oferecendo ao homem desde o alimento até o emprego. Necessita desde a mão-de-obra não especializada até a altamente qualificada. Isso engloba a pesca, a construção naval, os estaleiros, as companhias de engenharia marinha ou companhias de submersão, as pesquisas técnico-científicas, etc.
A “corrida do Petróleo” move o mundo do Século XXI. As bacias exploratórias somam uma área de 169.283,28 quilômetros quadrados, onde estão situadas várias plataformas e por onde trafegam navios de apoio. É onde vemos os oficiais da marinha mercante trabalhando; transportando e extraindo o petróleo ao longo de toda a Amazônia Azul.
A garantia sobre o direito de pesquisa e exploração dessa área faz parte da nossa soberania, contando com o trabalho de fiscalização, vigilância e patrulhamento da Marinha do Brasil e de transporte da Marinha Mercante.
Imagine o dia em que conhecermos todos os recursos que o mar nos reserva! Com certeza o mundo será muito diferente.
por Adapt. Al. Guimarães
3 de agosto de 2009 às 17:45
Otimo deu matar a saudades.
3 de agosto de 2009 às 17:47
Servi Marinha do Brasil em 1971;
2º Taideiro no Navio Mercante Rio Capibaribe em 1975.