Há pouco tempo tivemos a notícia de que toneladas de sujeira desembarcaram escondidas em contêineres nos portos do Brasil e até hoje quase nada foi resolvido. Temos isso como exemplo de que ainda falta maior controle sobre os produtos que chegam aos nossos portos tendo em vista que não foi a primeira vez que lixo deste tipo foi enviado aos portos brasileiros. O carregamento começou a chegar em fevereiro, mas só em junho a Receita Federal localizou 64 contêineres.
A PF investigou o despejo de lixo vindo da Europa, mas ainda restam muitas duvidas sobre esse caso que ganhou manchetes internacionais, como por exemplo: com que autorização e de que modo foi feita essa operação? Quem enviou o lixo ao Brasil? O que será feito do produto? Que espécie de lixo estava nos contêineres? Há radiação? Há material em decomposição?
Junto ao lixo havia um recado que surpreendeu a todos, a mensagem escrita em português pedia que os brinquedos fossem entregues a crianças pobres e lavados antes de usar.
A carga entrou no país como se tivesse sido importada por duas empresas de Bento Gonçalves (RS), mas o produto encomendado teria sido um plástico usado na fabricação de telhas.
Há muitas informações de que os países europeus, não tendo extensão territorial suficiente para depositar o lixo produzido pela população, já têm o hábito de enviar lixo orgânico e de outros tipos, inclusive radioativo, para países em desenvolvimento, principalmente da África.
Também há noticias de que por muitos anos alguns desses países descartam seus dejetos, até radiativos, em fossas dos oceanos, transferindo para o resto do mundo um grave problema ambiental, de dimensões incalculáveis.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) multou cinco empresas – duas importadoras e três transportadoras. O órgão pretende fazer com que as empresas devolvam o carregamento.
É preciso que ajam com rigor nesse caso. Deveriam ser punidos criminosos que põem em risco a saúde da população e que agridem o meio ambiente mostrando ao mundo que o Brasil e seus portos não são uma lata de lixo.
por Al. Bianca Barbosa
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