A plataforma Oceanográfica FLIP (FLoating Instrument Platform – Plataforma Flutuante de Instrumentos) é um navio de pesquisa para mar aberto que possui uma estrutura que permite mergulhar no mar e permanecer na posição vertical na água.
A embarcação tem o comprimento de 355 pés (aproximadamente 108 metros) e o deslocamento bruto de 711 TPB. É tripulada por 5 marítimos e comporta até 11 cientistas além de sua tripulação). Geralmente opera na Costa Oeste dos Estados Unidos, mas está apta a operar em qualquer lugar do mundo.
Sendo parcialmente submersível, a plataforma é capaz de girar 90 graus em volta de sua Seção Mestra, afundando sua popa através de tanques de lastro e resultando numa estrutura que fica com apenas 55 pés (cerca de 17 metros). A manobra dura aproximadamente meia hora e enquanto é feita os tripulantes permanecem a bordo.
Os móveis possuem um sistema que os permite girar 90 graus e alguns elementos, como pias de banheiro, não giram, porém são duplicadas, havendo um para a posição horizontal e outro para a posição vertical.
Após o giro, a água que contém a estrutura submersa garante a estabilidade já que fica abaixo da linha de influência das ondas e correntes, permitindo que a plataforma fique estática de maneira livre ou presa por âncoras. Suas anteparas passam a ser o piso da embarcação fazendo que seja facilmente confundido com um navio emborcado ou soçobrado.
A FLIP não possui motores ou outros meios de propulsão para não gerar interferência nos instrumentos acústicos, sendo então transportada para o local desejado através de reboque, podendo atingir neste momento velocidade entre 7 e 10 nós.
A plataforma foi projetada para estudar a altura das ondas, sinais acústicos, temperatura e densidade da água e para a coleta de dados meteorológicos. Após as operações, os tanques são esvaziados injetando-se ar comprimido nos tanques da seção submersa, permitindo a embarcação retornar à posição horizontal.
Construída na década de 60 pela Universidade da Califórnia e inaugurada em junho de 1962, a FLIP recebeu em 1995 U$2 milhões em verbas para modernização de seus sistemas. É de propriedade do Office of Naval Research e operada pelo Laboratório de Física Marítima do Instituto de Oceanografia Scripps.
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