…….A estrutura de um porto é de um alto nivel de complexidade, pois nela se encontram muitos setores que devem trabalhar de forma harmoniosa para que todas as operações de navios sejam feitas de maneira eficiente. Infelizmente os portos do Brasil ainda deixam muito a desejar quando comparados a grandes portos de referência internacional, mas a tendência é que se melhore os padrões nacionais a partir de uma administração mais eficaz.
……A própria localização de um porto, antes de ser construído, deve ser escolhida de maneira cautelosa. Além das condições hidrográficas do relevo, é interessante que o porto seja construído perto de centros de produção e de vias de transporte (ferroviário ou rodoviário), para facilitar a logística do escoamento da produção e distribuição dos produtos que chegam nos terminais.
……Para a chegada de um navio em porto brasileiro ou no trânsito em alguns canais, a legislação nacional regulamenta o uso de rebocadores e do serviço de praticagem. Os rebocadores são embarcações de apoio utilizados em larga escala nas operações de offshore, e a opção de trabalho de muitos marítimos. A profissão do prático é talvez o mais visado cargo no ambiente de trabalho marítimo devido à sua remuneração, mas é um trabalho de grande responsabilidade que exige alto nível de qualificação e conhecimento da região em que atua.
…….Os vários terminais de um porto costumam ser especializados para operar com um tipo específico de carga em virtude das diferentes exigências de infraestrutura que cada tipo de carga precisa. Por exemplo, os petroleiros exigem oleodutos enquanto os navios conteineiros carecem de guindastes.
…….A inspeção de navios realizadas nos portos são feitas por agentes certificados que se embasam nas diretrizes da IMO e nas NORMAMs, visando os vários aspectos da segurança marítima, incluindo a da tripulação. Existem basicamente dois tipos de inspeção, o PSC (Controle Pelo Estado do Porto) que verifica embarcações de bandeiras estrangeiras e o FSC (Controle Pelo Estado da Bandeira) para navios de bandeira do próprio Estado.
FONTE: Transportes e Seguros no Comércio Exterior – Samir Keedi/Paulo C. C. de Mendonça
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