“Os velejadores brasileiros Lucas Mesquita e Douglas Gomm conquistaram o título do Campeonato Mundial júnior de Vela da classe Snipe, disputado no Iate Clube do Rio de Janeiro (RJ). Nesta sexta-feira (20 de Setembro), foram disputadas as regatas finais e eles terminaram na primeira colocação com 26 pontos perdidos, um a menos que os japoneses Takuya Shimamoto e Keisuke Kushida, que ficaram com o vice-campeonato.
Na terceira colocação ficaram os também brasileiros, Juliana Duque e Jonathan Lehrke, com 30 pontos perdidos. O domínio dos velejadores da casa foi amplo. Dos dez primeiros lugares, oito duplas foram do Brasil. Além dos vice-campeões, a outra exceção foram os argentinos Brenda Quagliotti e Agustín Goiri, que acabaram com a nona posição.”
Dez primeiros colocados:
1º Lucas Mesquita/Douglas Gomm (BRA) 26 pontos perdidos
2º Takuya Shimamoto/Keisuke Kushida (JAP) 27
3º Juliana Duqye/Jonathan Lehrke (BRA) 30
4º Bernardo Assis/Pedro Leão (BRA) 32
5º Leonardo Lombardi/Victor Sabino (BRA) 39
6º Nicholas Grael/João Moreira (BRA) 41
7º Tiago Brito/Breno Abdulklech (BRA) 49
8º João Fonseca/João Barreto (BRA) 50
9º Brenda Quagliotti/Agustin Goiri (ARG) 55
10º Yuri Reithier/Mateus Melo (BRA) 57
Fonte: ClicRBS
É com grande prazer e satisfação que a equipe do Jornal Pelicano traz a entrevista com o Aluno Mesquita, Campeão Mundial junior de Vela (classe Snipe).
1. O que te levou a entrar para a EFOMM?
A ideia de ter uma vida profissional no mar, que é o lugar onde me sinto mais à vontade, sempre me atraiu. Além disso, quando fui consultar a minha família e conhecidos, a respeito da EFOMM, a ideia sempre foi bem recebida.
2. Há quanto tempo você pratica vela?
Desde os 7 (sete) anos.
3. Quais foram seus maiores incentivadores?
Meus maiores incentivadores foram meu pai, que praticamente me obrigou a aprender; meu tio, que até os meus 12 anos foi meu técnico; meus avós, que sempre me deram suporte financeiro e por último meus ídolos, Torben e Lars Grael, que são em quem eu me espelho.
4. Como é a sua rotina de treinos na EFOMM?
Como não tem o barco SNIPE no GV (Grêmio de Velas), eu pratico TFM no J-24, auxiliando a tripulação masculina (Albani, Araújo, Jardim e Raslan).
5. Como você conheceu Douglas Gomm, sua dupla no mundial?
Ele sempre foi do mesmo clube que eu, o Rio Yacht Club, e, desde criança, competimos juntos. Mas só decidimos começar a parceria no ano passado.
6. Quais foram as maiores dificuldades encontradas durante a competição?
Por se tratar de um campeonato mundial, o nível técnico estava muito elevado, dificultando assim as largadas e as montagens de boia. Além disso, houve uma predominância de ventos inconstantes, o que contribuiu ainda mais o nível de dificuldade.
7. No mundial júnior de vela, dos dez primeiros colocados, oito foram preenchidos por duplas de velejadores brasileiros. A que você atribui este domínio brasileiro na competição?
A tradição que a vela brasileira tem na classe SNIPE é muito grande. Isso é evidenciado quando voltamos ao passado e vemos que Torben Grael venceu este mesmo campeonato, em 1978, e, antes dele, muitos outros brasileiros marcaram seu nome na história.
8. Qual foi sua reação quando soube que seria homenageado perante diversas autoridades civis e militares, além dos campeões mundiais Torben e Lars Grael, na cerimônia alusiva ao Dia Mundial Marítimo?
Senti-me extremamente honrado e com a sensação de dever cumprido. Para ser honesto, fiquei surpreso, afinal, ser homenageado no principal dia da Marinha Mercante mundial, por nada mais, nada menos que meus ídolos Torben e Lars e pelo Excelentíssimo Senhor Comandante Da Marinha Brasileira não é pra qualquer um.
9. O que passou na sua mente no momento em que recebeu o troféu das mãos do Excelentíssimo Senhor Comandante da Marinha?
O nervosismo era grande, mas os pensamentos de realização, de dever cumprido e de que todo o esforço valeu a pena, foram maiores.
10. Quais conselhos você daria aos jovens que praticam vela e sonham poder se destacar neste esporte assim como você fez?
Só se destacam aqueles que se dedicam e perseguem seus objetivos. Ninguém chega a lugar nenhum sem treinar.
– Deixe uma mensagem final para os nossos leitores:
Bom, Em primeiro lugar, gostaria de agradecer ao Jornal Pelicano pela entrevista, e mandar uma breve mensagem a todos: Velejar é preciso. Desejo a todos bens ventos e mares tranquilos.
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