Em 1982, foi instituído o Programa Antártico Brasileiro (Proantar), projeto colocado em vigor com propósitos científicos e políticos referentes à Antártica, visando a pesquisa para ampliação dos conhecimentos acerca de fenômenos naturais no continente Antártico e sua repercussão sobre nosso território. No cumprimento dessas metas, a Marinha do Brasil possui um papel fundamental, sendo a Operação Antártica a mais completa e extensa atividade por ela realizada.
Tais operações anuais são divisões do Proantar para efeitos de sistematização, e têm, entre outros objetivos, a função de fornecer apoio às MAE (Módulos Antárticos Emergenciais), construídos no último verão em substituição à Estação Antártica Comandante Ferraz, destruída por um incêndio em fevereiro de 2012.
Cada Operação Antártica tem início em outubro; o Navio Polar Almirante Maximiano e o Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel iniciaram viagem no dia 6 desse mês, saindo da base na Ilha de Mocangue, em Niterói (RJ), a serviço da 32ª Operação Antártica (Operantar). Esses navios serão empregados em tarefas variadas, como manutenção de abrigos localizados nas ilhas da região, apoio a projetos de ciência e tecnologia em diversas áreas (oceanografia, biologia, geologia, meteorologia, entre outras), levantamento oceanográfico e coleta de amostras de solo e água. Além disso, o suporte à Estação inclui o fornecimento de combustível para as próprias unidades, embarcações e aeronaves, equipamentos científicos e suprimentos.
O pessoal transportado ao continente gelado, além da tripulação dos navios, inclui militares membros do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro para realização da manutenção anual, bem como pesquisadores que coletarão dados e farão observações científicas durante a viagem.
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Os navios são especialmente preparados para a missão. O Ary Rongel pode navegar em regiões polares e operar em regiões de gelo fragmentado. Também conta com dois laboratórios de apoio à pesquisa, porões de 1.254 m³ de capacidade para o transporte de carga, guincho oceanográfico e geológico, ecobatímetros para pequenas e grandes profundidades, GPS e uma estação de acompanhamento de informações meteorológicas. O Almirante Maximiano possui cinco laboratórios e uma estação meteorológica e, assim como o Ary Rongel, carrega dois helicópteros, além de um destacamento aéreo embarcado de 13 militares. Cada navio possui ainda quatro mergulhadores da Força de Submarinos da Esquadra Brasileira.
O regresso está previsto a metade de abril de 2014.
Fonte: Poder Naval
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