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    EFOMM, Entrevistas, Mercado » sexta-feira, 8 de novembro de 2013 »
    Café com a SAMM: Shipbroker Edson Seixas

    Nessa quinta-feira, dia 7 de novembro, a Sociedade Acadêmica da Marinha Mercante (SAMM) promoveu mais um de seus Cafés, no salão de leitura da EFOMM/CIAGA, que contou com a presença do corretor de navios e Oficial de Náutica Edson Seixa.

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    Histórico

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    Na marinha mercante, Edson chegou a ser comandante, mas deixou o mar para atuar na área de corretagem de navios. Nesse setor, ele foi sócio fundador de uma empresa brasileira especializada em graneis sólidos, que chegou a ser uma das maiores do Brasil na década de setenta. Atualmente, ele acumula mais de 20 anos de experiência profissional como shipbroker e possui uma empresa própria com diversos clientes consolidados como Vale S.A., Maersk, Transpetro entre outras.

    O que é shipbroking?

    O comparecimento dos alunos no evento foi maior do que o habitual. Edson esclareceu diversas dúvidas deles com relação ao shipbroking. Explicou que a atividade consiste em mediar comercial e contratualmente a relação entre um armador – dono ou operador de um navio – e um afretador – interessado no transporte de uma determinada carga – e é uma das possibilidades de escolha profissional futura para um mercante que queira trabalhar, em terra.

    O que fazer para ser um shipbroker?

    Aos interessados em seguir nesse ramo, ele falou que, em geral, precisa-se investir tempo no desenvolvimento de um conhecimento prático mínimo da função e ter considerável fluência na língua inglesa, já que esse é o principal idioma das negociações. Além disso, ele descreveu como outros requisitos, a habilidade de lidar com o estresse e a sagacidade, porque os prazos de tomada de decisão que um corretor dispõe podem ser muito curtos e as negociações envolverem bastante dinheiro.

    Mercado

    Quanto ao mercado, Edson afirmou que ele exige confiabilidade da corretora . Segundo ele, nessa área, não cumprir compromissos pode significar catástrofes financeiras para todas as partes envolvidas e que, hoje em dia, as partes tendem a só contratar o corretor em quem confiam. “É necessário conhecer com quem se lida e ter a garantia da palavra dele”, declarou. Ele ainda acrescentou, que essa exigência vale tanto do armador e afretador para o broker, quanto do broker para o armador e afretador.

    Remuneração

    Em relação a remuneração, Edson esquivou-se de entrar em detalhes absolutos do quanto ganha, mas afirmou que a média de comissão praticada no mercado varia até 1,25% do total negociado. Ao se considerar que o frete de cargas é feito por toneladas e que se costuma acordar o transporte de dezenas de milhares delas é possível estimar o arrecadado na casa de milhares de dólares, em média. No entanto, é importante ressaltar que é grande a variação do mercado e, que isso, segundo ele, não permite dar uma resposta concreta sobre o assunto.

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